Autor: Laura McKinney
Data De Criação: 1 Abril 2021
Data De Atualização: 16 Poderia 2024
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Uma teoria desenvolvida por Guy Brousseau para compreender o ensino da matemática.

Para muitos de nós, a matemática nos custou muito e é normal. Muitos professores têm defendido a ideia de que ou você tem uma boa habilidade matemática ou simplesmente não a tem e dificilmente será bom neste assunto.

No entanto, essa não era a opinião de vários intelectuais franceses da segunda metade do século passado. Eles consideraram que a matemática, longe de ser aprendida pela teoria e só, pode ser adquirida de forma social, colocando em comum as formas possíveis de resolver problemas matemáticos.

A Teoria das situações didáticas é o modelo derivado desta filosofia, sustentando que longe de explicar a teoria matemática e ver se os alunos são bons ou não, é melhor fazê-los debater sobre suas possíveis soluções e fazer com que vejam que podem ser eles que virão a descobrir o método para isso. Vamos dar uma olhada nisso.


Qual é a teoria das situações didáticas?

A Teoria das Situações Didáticas de Guy Brousseau é uma teoria de ensino encontrada na didática da matemática. Parte-se da hipótese de que o conhecimento matemático não se constrói espontaneamente, mas por meio a busca de soluções por conta própria do aluno, compartilhando com o restante dos alunos e entendendo o caminho que foi percorrido para chegar à solução dos problemas que os matemáticos surgem.

A visão por trás dessa teoria é que o ensino e a aprendizagem do conhecimento matemático, mais do que algo puramente lógico-matemático, implica uma construção colaborativa dentro de uma comunidade educacional ; é um processo social.Por meio da discussão e do debate de como um problema matemático pode ser resolvido, estratégias são despertadas no indivíduo para chegar à sua resolução que, embora algumas delas possam estar erradas, são caminhos que permitem um melhor entendimento da teoria matemática apresentada em classe.


Contexto histórico

As origens da Teoria das situações didáticas remontam à década de 1970, época em que a didática da matemática começou a surgir na França, tendo como orquestradores intelectuais figuras como o próprio Guy Brousseau juntamente com Gérard Vergnaud e Yves Chevallard, entre outros.

Era uma nova disciplina científica que estudava a comunicação do conhecimento matemático usando uma epistemologia experimental. Ele estudou a relação entre os fenômenos envolvidos no ensino da matemática: o conteúdo matemático, os agentes educacionais e os próprios alunos.

Tradicionalmente, a figura do professor de matemática não era muito diferente da de outros professores, vistos como especialistas em suas disciplinas. Contudo, o professor de matemática era visto como um grande dominador desta disciplina, que nunca errou e sempre teve um método único para resolver cada problema. Essa ideia partiu da crença de que a matemática é sempre uma ciência exata e com apenas uma forma de resolver cada exercício, com a qual qualquer alternativa não proposta pelo professor está errada.


Porém, com a entrada no século XX e com as contribuições significativas de grandes psicólogos como Jean Piaget, Lev Vigotsky e David Ausubel, começa a ser superada a ideia de que o professor é o especialista absoluto e o aprendiz o objeto passivo do conhecimento. Pesquisas no campo da psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento sugerem que o aluno pode e deve ter um papel ativo na construção de seu conhecimento, partindo de uma visão de que deve armazenar todos os dados que lhe são dados a um mais solidário que ele é o descubra, discuta com outras pessoas e não tenha medo de errar.

Isso nos levaria à situação atual e à consideração da didática da matemática como ciência. Esta disciplina leva muito em consideração as contribuições do estágio clássico, focando, como era de se esperar, no aprendizado da matemática. O professor já explica a teoria matemática, espera os alunos fazerem os exercícios, erram e os faz ver o que fizeram de errado; agora isso consiste em os alunos considerarem diferentes formas de chegar à solução do problema, mesmo que se desviem do caminho mais clássico.

As situações didáticas

O nome dessa teoria não usa a palavra situações de graça. Guy Brousseau usa a expressão “situações didáticas” para se referir a como o conhecimento deve ser oferecido na aquisição da matemática, além de falar sobre como os alunos participam dela. É aqui que introduzimos a definição exacta da situação didáctica e, em contrapartida, a situação didáctica do modelo da teoria das situações didácticas.

Brousseau se refere a uma "situação didática" como aquele que foi intencionalmente construído pelo educador, a fim de ajudar seus alunos a adquirirem determinado conhecimento.

Essa situação didática é planejada a partir de atividades problematizadoras, ou seja, atividades nas quais há um problema a ser resolvido. A resolução destes exercícios ajuda a estabelecer os conhecimentos matemáticos oferecidos nas aulas, uma vez que, como comentámos, esta teoria é utilizada principalmente nesta área.

A estruturação das situações didáticas é da responsabilidade do professor. É ele quem deve concebê-los de forma a contribuir para que os alunos possam aprender. No entanto, isso não deve ser mal interpretado, pensando que o professor deve fornecer diretamente a solução. Ele ensina teoria e oferece o momento de colocá-la em prática, mas não ensina todos e cada um dos passos para resolver atividades de resolução de problemas.

As situações a-didáticas

No decorrer da situação didática aparecem alguns "momentos" denominados "situações a-didáticas". Esses tipos de situações são os momentos em que o próprio aluno interage com o problema proposto, não o momento em que o educador explica a teoria ou dá a solução para o problema.

São os momentos em que os alunos assumem um papel ativo na resolução do problema, discutindo com os restantes colegas sobre qual poderá ser a forma de o resolver ou traçando os passos que devem seguir para chegar à resposta. O professor deve estudar como os alunos "administram".

A situação didática deve ser apresentada de forma a convidar os alunos a participarem ativamente na resolução do problema. Ou seja, as situações didáticas elaboradas pelo educador devem contribuir para a ocorrência de situações atidáticas e fazer com que apresentem conflitos cognitivos e questionem.

Neste ponto, o professor deve atuar como um guia, intervindo ou respondendo às questões, mas oferecendo outras questões ou "pistas" sobre como é o caminho a seguir, ele nunca deve dar-lhes a solução diretamente.

Essa parte é realmente difícil para o professor, pois ele deve ter cuidado e se certificar de não dar pistas muito reveladoras ou, diretamente, estragar o processo de encontrar a solução dando tudo aos seus alunos. Isso é chamado de Processo de Devolução e é necessário que o professor tenha pensado sobre quais questões sugerir sua resposta e quais não, garantindo que isso não atrapalhe o processo de aquisição de novos conteúdos pelos alunos.

Tipos de situações

As situações didáticas são classificadas em três tipos: ação, formulação, validação e institucionalização.

1. Situações de ação

Nas situações de ação, ocorre uma troca de informações não verbalizadas, representadas na forma de ações e decisões. O aluno deve atuar no meio que o professor propôs, colocando em prática o conhecimento implícito adquirida na explicação da teoria.

2. Situações de formulação

Nesta parte da situação didática , a informação é formulada verbalmente, ou seja, fala-se de como o problema poderia ser resolvido. Em situações de formulação, a capacidade dos alunos de reconhecer, decompor e reconstruir a atividade de resolução de problemas é colocada em prática, tentando fazer com que os outros vejam através da linguagem oral e escrita como o problema pode ser resolvido.

3. Situações de validação

Em situações de validação, como o próprio nome indica, os “caminhos” que foram propostos para chegar à solução do problema são validados. Os membros do grupo de atividades discutem como o problema proposto pelo professor poderia ser resolvido, testando as diferentes formas experimentais propostas pelos alunos. Trata-se de descobrir se essas alternativas dão um único resultado, vários, nenhum e qual a probabilidade de estarem certas ou erradas.

4. Situação de institucionalização

A situação de institucionalização seria a consideração “oficial” de que o objeto de ensino foi adquirido pelo aluno e o professor leva isso em consideração. É um fenômeno social muito importante e uma fase essencial durante o processo didático. O professor relaciona o conhecimento livremente construído pelo aluno na fase didática com o conhecimento cultural ou científico.

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